Uso contínuo da pílula do dia seguinte pode ser prejudicial à saúde da mulher
Por: Tribuna da Bahia
Também conhecida
como contracepção de emergência, a pílula do dia seguinte é indicada para
evitar uma gravidez indesejada após uma relação sexual sem a devida proteção.
São muitas as dúvidas sobre o uso correto desse método, mas o mais importante é
a conscientização de que se trata de um medicamento que deve ser usado apenas
em situações emergenciais. Seu uso contínuo, excessivo ou inadequado pode ser
prejudicial à saúde da mulher. "É um método contraceptivo de
emergência que deve ser usado o quanto antes e até 72 horas após uma relação
sexual desprotegida," esclarece o ginecologista Jorge Valente, diretor
médico do do Ceparh (Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução
Humana).
O médico adverte que a pílula do dia seguinte não
deve ser usada continuamente, pois tem uma dosagem hormonal muito elevada, que
pode desencadear vários efeitos colaterais sérios se usada com frequência, além
disso a sua eficácia é menor que a dos métodos contraceptivos tradicionais. A
pílula do dia seguinte é indicada para casos emergenciais, quando o ato sexual
aconteceu sem o uso de preservativo ou o mesmo se rompeu ou ainda quando a
mulher foi vítima de violência sexual.
Segundo Jorge Valente, quando usada nas primeiras
horas após a relação sexual, a pílula pode evitar a gravidez em cerca de 95%
dos casos. "É um método considerado seguro, quando usado de forma
adequada", ressalta. “Apesar de ser chamada de pílula do dia seguinte, a
mulher não deve esperar o dia seguinte para tomar, o quanto antes ela usar após
a relação sexual, maior será a eficácia”, esclarece o médico.
Dentre os efeitos colaterais comuns, náuseas e
vômitos, desregulação da menstruação, inchaço e dor de cabeça. A pílula
do dia seguinte não deve ser usada por mulheres que sofrem de hipertensão
descontrolada, insuficiência hepática ou que possuem histórico de trombose.
Mulheres que têm uma vida sexual regular e desejam
evitar filhos devem ser avaliadas por um ginecologista porque há no mercado
diversos tipos de métodos contraceptivos e só o médico pode avaliar qual o mais
indicado de acordo com o histórico de saúde de cada paciente.
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